quinta-feira, 29 de setembro de 2011

aula do dia 28/09

   Começamos a aula como todos os dias,nos alongando com o intuito de acordar o corpo!Fizemos o nosso alongamento a partir dos princípios de peso,expansão e recolhimento,...
  Depois relembramos nossas amadas frases de movimento que trazem os mesmos princípios do nosso alongamento,relembramos também o nosso rolamento e a difícil "sequência da escapula"!
   Experimentamos novas possibilidades para o nosso projeto que por sinal tá cada dia mais legal!
  Por fim assistimos  um vídeo de um grupo de dança contemporânea chamado Rosas!
 
         Foi isso pessoal =)

bjobjo Carol Vinhal

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Aula do dia 26/09/2011

Como sempre fazemos e hoje não seria diferente, aquele aquecimento pra dar inicio a mais uma aula. Para logo em seguida executarmos mais frases de movimento. Frases as quais confesso que amo, todas sem exceções, considero a parte mais dançante da nossa aula. Também preciso lembrar um movimento executado aula passada e que hoje realizamos novamente. Deitados no chão (cabeça para o teto) iniciávamos um movimento que partia da mão, braço e escapulas até que o movimento nos levasse a ficar de barriga pro chão levando todo o resto de nosso corpo. Iniciávamos o movimento da mesma forma até voltar à posição inicial e assim seguíamos aumentando a velocidade sem perder essa consciência. Devo dizer que hoje tive mais facilidade de realizar. Fiquei feliz por isso. E então ANA MUNDIM não nos deixaria sem o melhor da festa “abdominais” e “flexões” tem para todos os gostos se é que alguém gosta né rsrsrs. Mas brincadeiras a parte e bom para desenvolvermos mais força e resistência. Sem mais choros em suas duplas e comecem a abdominal garotada. Pausa para o lanche. Retornamos com nosso projeto que tem previsão para o fim do semestre praticamente. Levamos as roupas e acessórios que foram pedidos aula passada e mergulhamos em nossas pesquisas. Então é isso queridos leitores do blog.
Beijos, beijos.
Pollyana Pio.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Aula do dia 14/09

Olá pessoal,
hoje começamos  aula com alogamentos e aquecimentos que a gente já vem fazendo à algumas aulas, que para mim é muito bom porque começo a ter mais domínio dos movimentos e aproveito mais a potencialidade do exercício. Trabalhamos a consciência do movimento começado pela escápula, o que resultaria na expansão do braço, e como o desenho do movimento se daria pelo espaço. Imaginamos que estávamos cavando o ar e também focamos a suspensão do corpo, com esta consciência da cintura escapular.
No trabalho de criação hoje, tive mais facilidade de me relacionar com o objeto, que foi uma pena. Primeiro fiquei andando pela sala, passando pelos objetos, até começar a interagir com as penas que estavam no chão. Com um pouco de tempo, comecei a me focar só em uma das pena, apenas jogando-a para cima e deixando-a influenciar nos meus movimentos. O que me levou à várias possibilidades de movimentação, criação de frases e base para um trabalho melhor.

Diego Nobre

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Fernando Pessoa - Heterônimos

Só esta liberdade nos concedem
Os deuses: submetermo-nos
Ao seu domínio por vontade nossa.
Mais vale assim fazermos
Porque só na ilusão da liberdade
A liberdade existe.

Nem outro jeito os deuses, sobre quem
O eterno fado pesa,
Usam para seu calmo e possuído
Convencimento antigo
De que é divina e livre a sua vida.

Nós, imitando os deuses,
Tão pouco livres como eles no Olimpo,
Como quem pela areia
Ergue castelos para encher os olhos,
Ergamos nossa vida
E os deuses saberão agradecer-nos
O sermos tão como eles.

Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa

Érika Gonzaga Simões - aluna do 2° período da 1ª turma de bacharelado em dança da UFU

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Poesia FELICIDADE. (Fernando Pessoa)

" Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o! "

Paula Poltronieri

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Aula do dia 12/09

Bom hoje nossa aula foi dividida em 3 momentos...
  No primeiro conversamos sobre o nosso plano de curso e também discutimos sobre alguns acontecimentos e realidades do nosso curso.
  Depois trabalhamos alguns exercícios em dupla e fizemos algumas frases de movimento levando como base nossos estudos,lembrando sempre  do peso de nossos membros,alongamentos,centro, elevações a partir dos ísquios,do alinhamento  e das oposições cabeça/cóccix ,escápulas/mãos e ísquios/calcanhar.
   Já por último continuamos o trabalho corporal votado para o nosso projeto (que por sinal é bem legal tanto o projeto quanto o trabalho corporal que estamos fazendo)

  Basicamente foi isso..
bjobjo Carol Vinhal

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

poema

gente meu poema e esse aqui o:


Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).



Álvaro de Campos


carol vinhal

domingo, 11 de setembro de 2011

Heterônimo de Fernando Pessoa

Oi gente já escolhi  o meu

Alberto Caeiro 
É uma poesia aparentemente simples, mas que na verdade esconde uma imensa complexidade filosófica, a qual aborda a questão da percepção do mundo e da tendência do homem em transformar aquilo que vê em símbolos, sendo incapaz de compreender o seu verdadeiro significado. 

A Criança 
A criança que pensa em fadas e acredita nas fadas 
Age como um deus doente, mas como um deus. 
Porque embora afirme que existe o que não existe 
Sabe como é que as cousas existem, que é existindo, 
Sabe que existir existe e não se explica, 
Sabe que não há razão nenhuma para nada existir, 
Sabe que ser é estar em um ponto 
Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer. 


bjos  Karlla Silva

Poema

Oi gente, também já escolhi meu poema:

Acho tão Natural que não se Pense

Acho tão natural que não se pense 
Que me ponho a rir às vezes, sozinho, 
Não sei bem de quê, mas é de qualquer cousa 
Que tem que ver com haver gente que pensa ... 
Que pensará o meu muro da minha sombra? 
Pergunto-me às vezes isto até dar por mim 
A perguntar-me cousas. . . 
E então desagrado-me, e incomodo-me 
Como se desse por mim com um pé dormente. . . 
Que pensará isto de aquilo? 
Nada pensa nada. 
Terá a terra consciência das pedras e plantas que tem? 
Se ela a tiver, que a tenha... 
Que me importa isso a mim? 
Se eu pensasse nessas cousas, 
Deixaria de ver as árvores e as plantas 
E deixava de ver a Terra, 
Para ver só os meus pensamentos... 
Entristecia e ficava às escuras. 
E assim, sem pensar tenho a Terra e o Céu. 

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXXIV" 
Heterônimo de Fernando Pessoa

Beijos, Juliana ;*


sábado, 10 de setembro de 2011

Poema do Fernando Pessoa

Olá Pessoal escolhi 2 (dois) poemas para trabalhar no 2º semestre na disciplina Corpo e Voz II.

Primeiro:



Autopsicografia 

O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente. 
E os que lêem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm. 

E assim nas calhas de roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama coração 

Pessoa, Fernando. Lírica e dramática, In: Obras de Fernando Pessoa 



Segundo:


Há metafísica bastante em não pensar em nada.


O que penso eu do mundo? 
Sei lá o que penso do mundo! 
Se eu adoecesse pensaria nisso.

Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?

Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos 
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).

O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor. 
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.

Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar, 
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?

"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo"...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada. 
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores 
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.

Pensar no sentido íntimo das cousas 
É acrescentado, como pensar na saúde 
Ou levar um copo à água das fontes.

O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum. 
Não acredito em Deus porque nunca o vi. 
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!

(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)

Mas se Deus é as flores e as árvores 
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

Mas se Deus é as árvores e as flores 
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar; 
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol. 

E por isso eu obedeço-lhe, 
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?). 
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.









ASS: Diego Nobre



Pessoal este é o meu poema...

Anjos ou Deuses

Anjos ou deuses, sempre nós tivemos,
A visão perturbada de que acima
De nos e compelindo-nos
Agem outras presenças.
Como acima dos gados que há nos campos
O nosso esforço, que eles não compreendem,
Os coage e obriga
E eles não nos percebem,
Nossa vontade e o nosso pensamento
São as mãos pelas quais outros nos guiam
Para onde eles querem E nós não desejamos.

Álvaro de Campos


Heterônimo futurista de Fernando Pessoa, também é conhecido pela expressão de uma angústia intensa, que sucedeu seu entusiasmo com as conquistas da modernidade.
Na fase amargurada, o poeta escreveu longos poemas em que revela um grande desencanto existencial.

Bruna Ribeiro

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Gente esse é o meu poema!! Carol Vaz

Bendito Seja o mesmo Sol de outras Terras

Bendito seja o mesmo sol de outras terras
Que faz meus irmãos todos os homens
Porque todos os homens, um momento no dia, o olham
como eu,
E, nesse puro momento
Todo limpo e sensível
Regressam lacrimosamente
E com um suspiro que mal sentem
Ao homem verdadeiro e primitivo
Que via o Sol nascer e ainda o não adorava.
Porque isso é natural — mais natural
Que adorar o ouro e Deus
E a arte e a moral ...

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXXVIII"
Heterónimo de Fernando Pessoa